"And the night is takin' over
And the moonlight gets exposure
And the players have been chosen
And it seems like fate has spoken
When it seems your faith has broken
By the second, losin' focus
Ain't no way to get off, get off, get off, get off
Unless you
I bet you wonder how I go on, go on
I bet you wonder how I go on, go on
I'll simply say "it's on again"
It's on again
The world don't stop, it's on again
It's on again"
"E a noite está tomando conta
E a luz da lua é exposta
E os jogadores foram escolhidos
E parece que o destino tem falado
Quando parece que sua fé tem quebrado
Na segunda, o foco perdendo
Não há nenhuma maneira de sair, saia, saia, saia
A menos que você
Eu aposto que você quer saber como eu vou, eu vou
Eu aposto que você quer saber como eu vou, eu vou
Eu vou simplesmente dizer "chegou a hora de novo"
Chegou a hora de novo
O mundo não pára, chegou a hora de novo
Chegou a hora de novo"
- Alicia Keys
It´s on again
- Primeiro, nós quatro somos descendentes de cinco jovens guerreiros que travaram uma guerra com o senhor das trevas Nexus, no mundo espiritual. – Disse Yuri começando a explicação enquanto Rômulo fingia estar entendendo tudo.
- Ele jurou retornar – Continuou Lukas – e cumpriu, mas ele ainda não despertou completamente. Os nossos antecessores o selaram em outra dimensão fazendo com que ele e o seu exercito ficassem adormecidos.
- E por que logo agora? – Rômulo questionou. – Por que logo nos nossos dias?
De repente, o olhar de todos se voltou para a atendente da lanchonete que viera entregar a pizza que eles haviam pedido antes mesmo que Rômulo chegasse. Depois de um tenso momento de silencio, eles puderam continuar o assunto.
- Presta atenção. Os Changeman nossos antecessores, não eram apenas guerreiros espirituais. Eles também eram cientistas geniais e calcularam o dia exato que ele retornaria, assim, eles nos deixaram todo tipo de arsenal tecnológico e espiritual pra que a gente possa detê-lo.
O tom de Drake ao explicar todas essas coisas era bastante rude. Ele parecia estar combrando todas aquelas informações de Rômulo. Este por sua vez, escutava tudo ainda sem dar muito credito enquanto enchia a boca de pizza.
- e por que os meus pais nunca me falaram nada sobre isso? – perguntou.
- eles..
Antes que pudesse responder e estragar o plano de Yuri, Drake teve sua boca preenchida por um pedaço de pizza que Emily que estava sentada na sua frente lhe jogara.
- Tem que provar isso. – disse ela – está ótima.
Yuri deu um sorriso tenso. Drake estava engasgado.
- Realmente. As pizzas do Ernie são as melhores.
- Isso tudo não faz sentido. – Rômulo soltou um risinho tenso mostrando que ele ainda não acreditava naquela historia e que ainda estava tonto devido ao giro de trezentos e sessenta graus que seu mundo acabara de dar.- E quando aquelas coisas vão aparecer de novo?
- Não sabemos. - Emily espreitou a janela do seu lado. – por isso queremos que você volte com a gente para o campus fidei. Lá nos teremos a oportunidade de nos prepararmos melhor para o caso deles voltarem.
Rômulo se levantou.
- Me deem um tempo. Preciso pensar.
O ruivo disse isso e saiu do estabelecimento deixando os outros quatro olhando para a porta.
- Devemos pará-lo? – Perguntou Lukas.
- Não.
- Claro Yuri, deixa o cara fazer o que quiser da vida. – Drake estava furioso aquela altura. – Responsabilidade pra que? Parece o pai dele.
[...]
Rômulo voltou a andar pelas ruas de Manhattan. Deviam ser umas oito horas da noite. A tontura de ter seu mundo girando ainda não passara. Ele colocou os fones, pôs as mãos no bolso do casaco vermelho e andou por algum tempo escutando as musicas do radio. Uma delas o chamou mais a atenção. Era uma musica sobre pássaros e ele decidiu aprender a tocá-la quando voltasse para casa.
- Não vai chegar onde quer apenas andando.
Rômulo tirou os fones. Aquela voz chamara sua atenção. Emily Carter estava sentada em um banco no ponto de ônibus.
- Qual o problema de vocês?
- Nunca me viram, eu nunca vi vocês e agora se importam? – O rapaz pôs os fones de volta – me deixem.
Rômulo voltou para casa não muito tempo depois de ter se encontrado com a garota de cabelos castanhos e lábios docemente rosados. Tocou a campainha, e dessa vez Betty não demorou a abrir a porta.
- E então, Como foi? Encontrou alguma garota?
Rômulo sorriu Envergonhado. Seu rosto avermelhou-se um pouco.
- Que é isso tia?
“A menina que eu encontrei parece que não tem muito juízo” pensou.
A noite naquela casa seguiu-se normalmente. Depois de um silencioso jantar, sem muitos assuntos, ambos foram dormir.
[...]
A manhã ensolarada daquele domingo havia acabado de despontar e Lukas, morador de um trailer popularmente conhecido como “Big Boy” que ficava estacionado no Riverside Park, já estava de pé.
- Onde está indo fedelho?
- Vou ver se encontro alguma coisa pra gente – respondeu Lukas ao outro morador do trailer, Jerônimo Gonzáles seu padrasto.
- Já faz dois anos que você sai por ai procurando e não encontra. – Disse o homem puxando Lukas pela parte de trás da blusa gola polo de listras amarelas.
- Ei! Vai se vestir maluco. – disse Lukas ao perceber que o homem ainda estava de toalha fora do trailer. – se me perguntarem eu nem te conheço.
O rapaz saiu depois de ter se desvencilhado do homem que ao perceber a situação em que estava correu de volta para dentro do trailer. Lukas deu uma bufada e saiu.
Aquela seria mais uma manhã em que Lukas saia pelas ruas pensando se deveria trocar os treinamentos diários para proteger as pessoas por uma tentativa de conseguir um emprego para ele e o padrasto já que a pensão que ele e o meso recebiam de sua falecida mãe já não era o suficiente, anda mais pelo fato de que Jerônimo havia se viciado em alcol após a morte de sua mãe.
Lukas tinha naquele momento uma responsabilidade pesando em seus ombros que nem meso um adulto conseguia suportar.
Depois de pensar e repensar toda a situação, Lukas decide ir ao Campus Fidei. Antes que ele pudesse se levantar do gramado em que estava sentado debaixo de uma arvore, ele sentiu uma mão que o puxava para trás e antes que percebesse, já estava no local por onde o sol se punha para sempre.
- Caraca! – Disse assustado – Que forma tosca de dizer bom dia!
O rapaz se viu cercado pelos seus outros três companheiros que lhe olhavam sério.
- Nossa, que cara feia – Brincou – Vocês não tomaram café? Foi isso?
- Não é hora de brincar Mané. – Disse Drake Oldsen – Nexus voltou a agir.
- Onde? Como...
- Um surto de pessoas que mais parecem zumbis começou a acontecer na quarta avenida – Interrompeu Yuri – Só pode ser coisa do Nexus.
- Ah não mano- Lukas colocou as mãos detrás da cabeça – Essa coisa de Zumbi tá fora de moda já.
- Isso é serio moleque. – Drake partiu para cima do garoto mas foi impedido por Yuri.
- Ficar serio e mal humorado não resolve problema de ninguém – Falou Lukas de nariz empinado.
- E nem ficar de Zoação. – Emily olhou séria para o garoto.
- E o outro cara? – Questionou Drake olhando para Yuri.
- Ih, tu ta preocupado de mais com o teu namoradinho
Ao dizer isso, Lukas ouviu um sonoro “Cala a boca Lukas” vindo de todos os integrantes do grupo.
- Nós vamos sem ele – Yuri encerrou a discussão.
E assim, como um clarão de luz, os quatro desapareceram.
[..]
A quarta Avenida em Manhattan não parecia ser parte daquela cidade. Carros, lojas, casas, tudo estava destruído e o caos se espalhava fazendo os últimos moradores deixarem o local permanecendo lá apenas algumas que não aparentavam mais serem humanos. Um bom observado que ali estivesse, poderia constatar logo que tais pessoas eram os causadores de toda aquela destruição e de terem afugentado as pessoas. Eles estavam acompanhados das criaturas do exercito de Pandora conhecidas como Golens que também ajudavam na destruição.
Lukas e os outros ao chegarem no local se depararam com aquela cena e ficaram todos extremamente assustados com aquilo. Em toda sua vida, Lukas fora alertado por sua mãe que um dia teria de enfrentar Nexus e seu exercito, porém, a situação de enfrentar pessoas naquele estado era uma absurda novidade para ele e para os demais. Ele olhou para Yuri assustado.
- O que a gente faz?
- Você e eu cuidamos dos Golens – Apontou para Drake e Emily – Vocês dois, tentem não machucar as pessoas.
- E se as pessoas tentarem machucar a gente? – Retrucou Drake.
Era tarde demais para que fosse respondido alguma coisa já que Yuri e Lukas já haviam passado correndo pelo grupo de quinze pessoas que ali estava e foram para cima dos Golens.
Lukas estava perceptivelmente assustado e enquanto lutava com as criaturas de pedra, olhava para todos os lados esperando que a qualquer momento fosse atacado por uma das pessoas.
“Eu devia ter ido procurar um emprego” pensou.
- Temos que ser mais eficazes. – Gritou Yuri do outro lado de uma calçada. Ele tinha em suas mãos duas cabeças de golens que havia destruído e com elas destroçava alguns outros que encontrava.
Lukas estava frustrado. Diferente de Yuri, ele ainda não havia matado nenhum dos seres de pedra, apenas derrubado alguns e desviado de outros. Nada que se comparasse com as façanhas de seu atlético companheiro.
- Vamos transformar?
Yuri assentiu com a cabeça. Lukas e o rapaz ambos tiraram dos bolsos suas moedas e respectivos dispositivos e, ao conectarem-nas e as colocarem nos seus cintos um grande clarão iluminou a avenida deixando os golens que estavam próximos todos confusos.
Quando tudo voltou ao normal, Yuri e Lukas haviam ganhado roupas de colã e capacetes de cores preta e azul respectivamente.
- Isso aí é um elefante no seu capacete? – Lukas apontou para o animal desenhado no capacete negro de Yuri.
O Rapaz riu.
- É um mamute – Disse e destroçou a cabeça de um golen que tinha perto de si com um soco.
De fato, Lukas ainda não tinha visto Yuri transformado. Em todas as vezes que treinaram juntos, Yuri nunca tinha mostrado aos demais sua verdadeira força e mantinha-se sempre calado e introspectivo.
[...]
Enquanto Yuri e Lukas lutavam mais a frente, Drake e Emily esforçavam-se para conter as pessoas que pereciam estar possuídas e avançavam em cima deles.
- Certo Emily, Qual o plano? – Sussurrou Drake para a garota. Ambos recuavam devagar. No ultimo caso, eles sairiam correndo dalí.
- Vamos lutar. – Respondeu Emily.
Drake olhou sério para a menina de feição doce porém, séria.
Ela estaria realmente disposta a enfrentar as pessoas em que numa situação deveriam estar protegendo?
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