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Capitulo 3 Voltando...
Capitulo 3 Voltando...

 

“(Oh) I know what it takes to move on
(Oh) I know how it feels to lie
All I wanna do is trade this life for something new
Holding on to what I haven't got”

“(Oh) Eu sei o que é preciso para seguir em frente
(Oh) Eu sei qual é a sensação de mentir
Tudo que eu quero fazer é trocar essa vida por algo novo
Segurando o que eu não tenho”

- Linkin Park

Waiting for the end

“Quero consertar as coisas. Meu amigo. Não, meu irmão. Quero tê-lo de volta. Provar que agora as coisas são diferentes. Dane-se o meu pai, dane-se o que ele quer. É a minha vida. Miranda me espere. Eu vou voltar.”

   Karl Ulrich de dezoito anos Viaja em uma velha caminhonete em uma manha ensolarada nas estradas do interior de são Paulo no Brasil. Ele tinha pegado uma carona há alguns instantes com um homem que dissera conhecer o lugar para onde ele estava indo. Talvez não teria recebido a caroá se não fosse tão “visualmente atraente” e se não tivesse vindo dos estados unidos.

  Cerca de quinze minutos depois, chegaram a uma fazenda. Era grande e de longe puderam ver um garoto que aparentava ter uns dez anos de idade, vindo em sua direção.

- Quem são vocês?  -Perguntou o garoto de cabelos e roupas infantis.

- Eu me chamo Karl. – O rapaz de cabelos castanhos estendeu a mão ao garoto que nem pensou em aperta-la de volta pois estava ocupado de mais observando aquele rapaz cujo tipo não se via muito por aquelas bandas.

- Tu não é daqui não né?

-Ah – Karl sorriu – Não sou mesmo - Disse levando a mão na cabeça do garoto e bagunçando um pouco o cabelo dele. – Estou procurando um amigo de infância. Ele se chama Rômulo, Conhece?

- Conheço sim. – o garotinho tirou a mão do jovem alto de sua cabeça – mas ele não mora mais aqui. Foi morar na America.

- Hã? Como? – Karl ficara perplexo com a afirmação do garoto. Ele tinha deixado de lado muitas coisas para estar ali e agora Rômulo estava no lugar de onde ele havia partido. – Mas... Por quê?

- A mãe dele morreu e tals... - Respondeu o menino olhando para o chão.

- A tia... – o rosto de Karl estava indescritível diante da noticia.

    Ele estava abalado. Pôs as mãos nos bolsos de suas calças que pareciam ser muito caras e ficou em silencio junto com o garoto até que o homem que o levara ate ai falasse que tinha que sair para resolver alguma coisa.

[...]

   Em quanto isso, naquele lugar onde o por-do-sol parecia durar para sempre, algumas arvores eram socadas por drake, o rapaz de mechas loiras.

- Isso aí é recalque. – brincou Lucas. – tu queria era ser o líder no lugar dele.

- Ele não é o líder  -Retrucou. – o covarde do pai dele escondeu tudo dele e ainda levou o moleque pra longe.

- Nos temos que ter paciência com ele – Yuri pôs a mão  sobre o ombro de Drake, suas roupas brancas estavam ainda suadas devido a luta daquele dia. – Ele ta passando por uma reviravolta grande na vida. Não podemos culpá-lo.

- Tenho que voltar – disse Emily – aquela cafeteria não funciona sem mim.

   Drake olhou para ela sério.

- Boa sorte lá.

   Uma espécie de anel de luz passou pelo corpo da garota e ela foi desaparecendo aos poucos ate que já não estivesse mais ali.

[...]

   Rômulo foi para o quarto vestindo apenas uma calça, depois do banho que tinha tomado, sentou-se na cama, pegou a toalha e enxugou os cabelos vermelhos. Pôs as mãos no bolso e encontrou a moeda dourada e o dispositivo misterioso. Olhou-os por alguns instantes e os deixou caírem no chão. Finalmente deitou-se. Fechou os olhos e esperou que alguma coisa que vivera aquele dia fizesse sentido.

    [...]

   No castelo de pedra, passos eram ouvidos no meio da escuridão de seu interior. Aos poucos, luzes de tochas seguradas por homens de pedras iluminavam o lugar para que Pandora e as criaturas que a acompanhavam pudessem passar. Goldar, o ser vestido de uma armadura dourada com face bestial, Zick o pequeno e gordo duende de feições assustadoras e Gero uma criatura humanoide de cabeça avantajada, pequenos óculos e corpo franzino.

- Estás certa de que devamos pedir informações a este ser orgulhoso minha senhora? – perguntou  Zick com uma voz grossa e rouca – Não acha que os golens que mandamos ao mundo dos homens  já não é uma garantia da vitoria de nosso exercito?

   Pandora nada respondeu. Todos continuaram avançando.

- Não ouse questionar as decisões da senhora da morte! – Disse Goldar apontando para Zick uma espada da cor de sua armadura.

Zick tirou a espada de sua frente.

 - E você não ouse apontar essa merda pra mim novamente.

   Gero continuava prosseguindo em atrás dos dois, observando atentamente os corredores escuros em que passavam. Depois de andar um pouco, a comitiva de Pandora deparou-se com uma grande escadaria que levava ao subterrâneo do castelo. O lugar parecia bem mais escuro que  todos os outros lugares.

   Eles desceram. Mas não antes de Zick alertar pandora de que aquilo era perigoso e que podia haver ali muitas armadilhas.

   Desceram as escadas em formato circular até chegarem onde os degraus pararam. Os golens iluminaram o local com as tochas. De repente, aquele lugar ficara misteriosamente iluminado.

   A luz revelou o local que estavam. Era repleto de livros que remetiam a um laboratório medieval. No centro, havia uma espécie de bola de cristal que era de onde vinha a iluminação.

- é uma honra receber uma parte de vocês – Disse um ser coberto por um manto escuro e sujo que só revelava duas luzes que pareciam ser seus olhos. – Desde que despertei tenho observado suas ações e não vejo nada de animador nelas senhora Pandora.

- Do que está falando seu insolente! – Pandora enfurecera-se com a criatura lançando sobre ele um olhar intimidador.

- Os jovens malditos deixaram um bando de moleques para enfrentar vocês e logo de cara derrubaram todos os seus bonecos de pedra.

- Como ousa! Pandora foi até a criatura e levantou-a. ele tinha o porte físico de uma criança apesar da voz seca de um adulto. – Não diga mentiras tão absurdas.

   Foi necessário que Goldar e alguns golens que ali estavam tirassem a criatura das mãos de pandora caso contrario, seria morto pela mulher.

- Eles não deixariam tão fácil pra vocês. – Felizmente fomos despertados mais cedo do que esperávamos.

- Quem era o ultimo selo? – Perguntou a mulher um pouco alterada ainda.

- Roney Wacker.

- Muito bem observador, diga-nos, qual parte do exercito do senhor Nexus esta acordada?

- Uma pequena parte – disse o ser de olhos brilhantes. – apenas golens e alguns generais. Os sete ainda dormem profundamente. E como sabemos, a consequência de tentarmos acorda-los é a morte dos mesmos. –  A criatura andou pela sala com os braços colocados atrás das costas e olhando para o chão. Pandora acompanhou-o com os olhos. O ser chamado por ela de observador olhou-a.

- Insider. Ele está acordado.

   Ao ouvir aquele nome, Pandora estremeceu por dentro.

- hum, ótimo. Vamos destruir os humanos usando eles mesmos. – disse a mulher disfarçando o medo com um sorriso.

[...]

   De volta a Manhattan, Rômulo havia adormecido sem perceber e Betty Wacker lhe acordara ao bater na porta do quarto. Rômulo acordou assustado escondendo rapidamente a moeda e o dispositivo. Betty fingiu não ter visto.

- o almoço está pronto filho.

- Já vou descer tia. – Respondeu Rômulo sem graça.

   Horas depois do almoço, Betty estava sentada em sua poltrona enquanto tomava café em sua nova xícara azul de borda vermelha e assistia o telejornal. Rômulo por sua vez, dedilhava um velho violão nas escadas.

- tia? – disse ele – O que a senhora sabe sobre meu pai?

-Como assim menino? – Falou Betty aparentando estar um pouco nervosa. – ele é meu irmão, sei muita coisa sobre ele.

   Betty deu um sorriso tenso e manteve seu olhar fixo na TV.

- Seja mais especifico.

- Por que nós fomos morar no Brasil?

- Ora, seu pai – deu uma pausa e tomou um gole de café. – sua mãe sentia saudades da terra natal dela.

- Só isso?

- Só

- Então por que não fizeram só uma viagem de férias em vez de morar lá?

- Preciso de mais café. – Disse Betty se levantando e indo até a cozinha enquanto era observada pelo olha curioso do rapaz.

   De repente, a atenção de ambos se volta para a TV. O jornal começara a exibir uma matéria que questionava o que havia acontecido no central park naquele dia, mais cedo.

   Os cacos da xícara espalharam-se pelo chão.

- Tia! A Senhora tá bem? – Disse Rômulo se levantando e indo a sua direção.

- Deus – falou a senhora depois de ter dado um suspiro. – não foi nada. Só tenho que comprar mais uma xícara nova. Junta esses cacos pra mim? – disse ela indo para a cozinha.

- Claro.

   Rômulo estava gelado e suando frio. Não queria que a tia soubesse o que havia ocorrido com ele tanto quanto desejara que não tivesse acontecido.